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 | 02/02/2005 10h35min

Hospitalização do papa alimenta boatos sobre sucessão

Cogita-se a hipótese de o próximo pontífice ser de um país em desenvolvimento

A hospitalização repentina de João Paulo II é mais um lembrete de que o mais longo papado da história pode estar chegando ao fim. Na terça à noite, o papa foi levado às pressas para o hospital Gemelli, de Roma, com dificuldades respiratórias depois de uma gripe ter piorado. Apesar de o Vaticano dizer que a situação está sob controle e que o pontífice não foi colocado em uma unidade de tratamento intensivo, o pensamento que passou pela cabeça de muitas pessoas foi: Quem será o próximo papa?

João Paulo II, agora no 27° ano à frente da Igreja Católica, já possui o terceiro mais longo papado da história. Ele foi eleito em 1978, transformando-se no primeiro líder católico não-italiano em 455 anos e fez história tantas vezes que a frase tornou-se redundante. O candidato azarão escolhido quase três décadas atrás deixou sua marca no mundo. João Paulo 2o. bateu mais recordes que todos os seus antecessores, viajando, esquiando, escrevendo e pregando.

Ainda assim, talvez, ele tenha provocado mais divisões entre os católicos do que qualquer um dos outros pontífices.

Católicos liberais criticaram o fato de o papa ter descartado a ordenação de mulheres como padres, o uso de métodos contraceptivos e o casamento entre homossexuais. Essa ala deixou claro que deseja uma Igreja mais democrática no futuro.

Os conservadores o celebraram como um mensageiro divino que pegou uma Igreja assolada pelos ventos do liberalismo e a recolocou em um caminho teologicamente estreito.

Um homem com grande capacidade intelectual e uma oratória quase mística ao pregar, Karol Wojtyla foi um dos poucos papas em séculos a ter saído da pobreza e não de uma classe privilegiada.

Alguém será capaz de ser o sucessor de uma figura com tais dimensões sem parecer uma mera sombra de Karol Wojtyla? Esse é o dilema com que os cardeais se depararão depois da morte do atual papa, ao enfrentarem a tarefa de escolher-lhe um sucessor.

O papa nomeou quase todos os cerca de 120 cardeais atualmente com menos de 80 anos e que podem participar do secreto conclave encarregado de escolher o líder da Igreja Católica. O fato aumenta as chances de que o próximo papa terá o mesmo perfil de João Paulo II.

A principal pergunta é se o próximo líder dos católicos também deveria ser alguém de fora da Itália ou mesmo se ele deveria vir de fora da Europa. Várias autoridades religiosas acreditam que um país em desenvolvimento deveria fornecer o próximo líder da Igreja porque é ali que a religião está mais viva e em expansão.

As informações são da agência Reuters.

 
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